segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Impasse franco-germânico e tensões transatlânticas




Não é novidade que Alemanha e França não conseguem entrar em acordo quando o assunto é a crise do euro e as possíveis soluções e resgates. A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês Nicolas Sarkozy, se mostraram incapazes de chegar a um acordo na reunião da última quinta-feira (21/10), e o motivo do desentendimento foi como o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF) deveria ser aplicado de modo a maximizar seu impacto de resgate. Assim, uma nova cúpula foi marcada para quarta-feira da próxima semana, adicionalmente à reunião marcada para este domingo (23/10), já que análises apontam para um novo desentendimento no domingo. A chanceler Angela Merkel, apoiada pelo Banco Central Europeu, insiste para que o fundo seja usado no modelo de seguro, com garantias de que não haverá calote, garantindo parte da compra dos investidores de títulos da dívida dos países – como a Grécia; diferentemente do presidente Nicolas Sarkozy, que demanda que o fundo seja aplicado na forma de empréstimos bancários.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, a Casa Branca se mostra impaciente quanto a não resolução da crise na Europa, e culpa a Alemanha por tal situação. O presidente Obama chegou a dizer, em seu discurso na Califórnia, que a crise do euro estava assutando o mundo, e que “os governos estavam tentando tomar medidas responsáveis, mas as ações não estão sendo rápidas como deveriam ser”. Em resposta a tal declaração, o Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, disse “Eu não consigo entender algumas das críticas dos nossos amigos americanos sobre a nossa política de redução da dívida”. Já a Chanceler Angela Merkel declarou “Eu não acho que está tudo bem. Não pode ser que os países fora da zona euro, que continuamente nos empurram para resolver a crise da dívida, rejeitem um imposto sobre operações financeiras”, em referência a rejeição por parte dos Estados Unidos e China do imposto que teria o objetivo de arrecadar 57milhões de euros, a partir de 2014, e ajudar na estabilização e possível término da crise.
 Referência: Spiegel Online http://bit.ly/nL0qnM Reuters http://reut.rs/nysOnU Spiegel Online http://bit.ly/ovqeSd Negócios Online http://bit.ly/nDrxfS

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